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A chegada

Após a viagem de camião, Primo Levi encontra-se à entrada de uma grande porta em que se lê "ARBEIT MACHT FREI" (o trabalho liberta).

Foram ordenados a entrar num local fracamente aquecido em que se ouvia constantemente o som da água e onde se encontra uma torneira com um aviso que proíbe bebê-la pois a água está poluída. Com sede de 4 dias, alguns homens tentam beber, mas a água não é, realmente, potável.

Um oficial das SS entra e Flesch, intérprete do grupo, traduz as ordens. Têm que se dispor em filas de cinco, com intervalos de dois metros entre cada um. São obrigados a despirem-se e a seguir regras meticulosas, como dobrar a roupa, separar a de lã das restantes, colocar os sapatos numa certa posição, tudo para que, no fim, sejam varridos para um monte.

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Entram 4 homens com navalhas, pincéis e máquinas de tosquiar que lhes rapam o cabelo e os barbeiam.

Em seguida, são empurrados, abruptamente, para outra sala, uma sala de duches, em que ficam de pé durante horas, num chão cheio de água e ainda sem beber água.

Começam a questionar tudo: pelas suas mulheres e crianças, o que lhes vai acontecer...

Entra um alemão que lhes ordena que façam silêncio, e assim permanecem até que um criminoso alemão, que é o dentista do campo, entra para lhes responder a algumas perguntas. Está ali contra as ordens dos seus superiores e, por isso, não fica muito tempo, mas fica o suficiente para informar que se encontram no campo de trabalho de Monowitz, na Alta Silésia, onde 10 mil prisioneiros trabalham numa fábrica de borracha, chamada Buna, que irão receber roupas, sapatos com sola de madeira, que estão à espera de um banho e da desinfecção, que ocorreria ao despertar. No entanto evita as perguntas sobre as mulheres e, ao som de um sino, desaparece e praticamente em seguida, água fervente começa a cair dos chuveiros.

Ao fim de 5 minutos, são empurrados para outra sala, gelada, onde lhes entregam as roupas e sapatos e, em praticamente tempo nenhum, estão nus na rua, na neve e têm que correr cerca de 100 metros até à barraca onde se podem vestir.

Nesta barraca, são obrigados a ficar em pé e continuam a não ter direito a água e começam a chegar à conclusão que já nada, ou quase nada lhes resta.

Primo Levi recebeu o "nome" 174 517, que foi tatuado no seu braço esquerdo.

Bibliografia:

Documento do Web site:​

  • MEMORIAL AND MUSEUM AUSCHWITZ-BIRKENAU FORMER GERMAN NAZI CONCENTRATION AND EXTERMINATION CAMP Obtido em 14 de janeiro de 2020, http://auschwitz.org/en/gallery/

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