Conservadorismo e Tradição
António Salazar foi uma personalidade conservadora. O sistema político por ele implementado, Estado Novo, caracterizava-se por ser conservador e tradicionalista, assentava nos seguintes valores morais: Deus, Pátria, Família, Autoridade, Paz Social, Hierarquia, Moralidade e Austeridade.
Salazar respeitou as tradições nacionais promovendo a defesa de tudo o que fosse português, criticou a sociedade urbana e industrial, afirmando que estes eram possuidores de vícios. Em contraste, enalteceu o mundo rural, pois considerava que este era um refúgio seguro de virtude, de moralidade e de pureza.
O catolicismo era a religião oficial da Nação Portuguesa. A mulher tinha um papel muito definido, tinha de ser passiva, esposa carinhosa e submissa, mãe sacrificada e virtuosa. A "verdadeira família portuguesa" tinha de ser católica e com uma moralidade austera, o chefe era o pai a quem a mãe e os filhos deviam obedecer.

Nacionalismo
O Estado Novo assentava num nacionalismo exacerbado e isso reflete-se num dos seus slogans "Tudo pela Nação, nada contra a Nação".
A ideologia do regime defendia que Portugal era um povo de heróis, tinha qualidades civilizacionais diferentes e superiores às dos outros povos como mostra a grandeza do seu passado histórico, a integração racial e a ação evangelizadora que fez.

Corporativismo
Estas corporações incluíam as instituições de caridade, universidades, organizações científicas, técnicas, Casas do Povo, etc..
A câmara corporativa representava organicamente a Nação, começou a funcionar após a Constituição de 1933, nesta estavam incluídas a agricultura, indústria, pesca, transportes, comércio, turismo, banca, seguros e conservas.

A recusa do liberalismo, da democracia e do parlamentarismo
O Estado Novo afirmou-se como antiliberal, antidemocrático e antiparlamentar, recusando a liberdade individual e a soberania popular.
Assenta na ideia que o interesse da Nação se deve sobrepor aos direitos individuais e que os partidos políticos são um elemento desagregador da Nação.